terça-feira, 31 de julho de 2012

O Casamento - Nicholas Sparks



Autor(a): Nicholas Sparks
Título Original: The Wedding
Páginas: 222
Lançamento: 2012 – Brasil / 2003 – Eua
Editora: Arqueiro
Classificação:★★★


Mais um livro inédito (para nós, meros brasileiros) do autor norte-americano Nicholas Sparks.

Ele tem muito livro lançado, gente, de verdade, mas enrolam para lançarem para nós, e quando lançam, é essa enxurrada de Nicholas Sparks nas livrarias,  que poderiam muito bem, montar um stander de lançamentos só do autor.


Seja pela Editora Arqueiro ou pela Novo Conceito, o tema dos livros vocês já sabem, né? Romance puro e nada simples, é claro.

Bom, O Casamento é considerado a "continuação" do livro "O Diário de uma paixão".
Lembram do Ryan Gosling e da Rachel McAdams e aquele super beijo na chuva, lindoooo???
Pois então, aquele filme é baseado em um livro do Nicholas Sparks, que traz um Noah ainda mais fofo - se é que é possível.

Eles falam que é continuação apenas porque trás o genro e a filha do nosso casal lindo de Diário como personagens principais. E claro, o Noah.

Wilson irá completar 30 anos de casado com Jane, e apesar de não falar e nem mostrar, de forma alguma, o quanto ama sua esposa, mais intensamente do que há 30 anos, Wilson percebe que essa falta de demonstração de amor, carinho e afeto, pode ter feito Jane perder seu amor por ele. Assim, seguindo os conselhos de seu sogro, Noah, Wilson decide fazer sua esposa apaixonar-se novamente por ele.

O que eu achei legal nesse livro é que o casal tem mais de 50 anos de idade e já são casados há 30!

Quem nunca ficou com vontade de ler o depois do felizes para sempre?

Eu gosto de imaginar como os casais dos livros, poderiam ficar após o casamento. E o Nicholas Sparks acertou muito bem nessa escolha.
Ele mostra que cair na rotina nem sempre é ruim, mas é ruim quando você deixa a rotina tomar conta do casamento.

Infelizmente o livro é narrado em primeira pessoa, tem alguns casos que eu gostei muito desse tipo de narração, e tem outros, como no caso de O Casamento, que acho que prejudicou a história em si.

O Wilson se mostra demasiadamente apaixonado por sua esposa, mesmo após 30 anos, ele sente que não a merece e que foi uma baita sorte ela ter o escolhido como marido. Até aí, tudo bem, e apesar do livro se focalizar no Wilson tentando ser um marido melhor, senti falta da opinião da Jane nessa história toda.

O fato de ser narrado em primeira pessoa me deixou com a sensação de que Jane, no final, era que não era merecedora de todo o amor de Wilson. O que foi ruim, já que o livro quer mostrar que a esposa esteve ali sempre pra ele e ele sempre pensava em trabalho e trabalho.

No fim, o que mais vale no livro é a participação do Noah, ainda extremamente apaixonado por Allie. E não, eu não chorei, mas derramei uma lágrima por esse trecho:

" - A última vez que os vi dançando foi cerca de uma semana antes de se mudarem para Creekside, quando dei uma passada para conferir como eles estavam. Vi os dois pela janela da cozinha quando estacionava e simplesmente comecei a chorar. Sabia que era a última vez que os veria aqui e tive a sensação de que o meu coração estava de partindo ao meio - pp. 193".


Essa é Jane contando ao Wilson a última vez que viu seus pais dançando na cozinha, hábito que eles tinham, antes de se mudarem para a casa de repouso, onde Allie pediu que fossem morar após descobrir que tinha Alzheimer.

Senti um nó na garganta nesse trecho porque mostra que os dois não estavam preparados para se separarem, para pôr um fim nesse amor. Tanto que Noah tem um caso muito especial com um cisne durante o livro.

Segunda história do Nicholas Sparks que eu descubro o final! Rsrsrs

Fiquei meia na dúvida em alguns momentos, mas no fim, estava certa.

Mas nem por isso deixou de ser encantadora, é diferente das histórias do autor que estamos acostumados a ler, e dessa vez a única emoção será por conta do amor e redescoberta que se tem. – Nada de mortes!!!! Uhuuu rsrsrs

Agora é esperar o próximo lançamento do autor, que com certeza, vai aparecer por aqui!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A Última Carta de Amor - Jojo Moyes

Autor(a): Jojo Moyes
Título Original: The Last Letter From Your Love
Páginas: 378
Lançamento: 2012 - Brasil/ 2010 - Inglaterra
Editora: Intrínseca 
Classificação: ★★★★



Quem escreve cartas de amor em pleno século XXI?

Quem escreve cartas de amor, tendo que largar o teclado, pegar papel e caneta e se propor a colocar todos os seus sentimentos em palavras escritas por sua mão, e não por uma máquina?

Quem escreve cartas de amor, tendo que ir ao correio e deixar a facilidade dos e-mails e torpedos para trás?

Quem escreve cartas de amor?

Quando comecei a ler “A última carta de amor” da Jojo Moyes, sabia que iria me encantar e, felizmente, não estava errada.

Acho lindo as pessoas no facebook compartilharem aquelas mensagens tão bonitas, aquelas histórias que na maioria das vezes nunca existiram, mas que foram escritas para nos fazerem pensar e, até mesmo, acreditar. Acho lindo ter esperanças, acreditar que esse genuíno sentimento, tão primata, ainda invade as pessoas fazendo-as acreditarem na vida.

Mas eu lhe pergunto, quem, hoje em dia, no ano de 2012, escreve cartas de amor?

As pessoas esperam romances, acreditam que esse fantasma, que todas as mulheres perseguem com tanta convicção, ainda existe, apesar de não se mostrar tão belamente como antes. Mas, apesar de esperarem, poucas fazem acontecer.

Quanto à história do livro, sinto que ao mesmo tempo é típica, simples, diferente e bela.
Ellie está tendo um caso com um homem casado, e no meio da mudança do jornal onde trabalha, acha essa bela carta de amor escrita por B. Tudo na carta mostra que a mulher, a qual B clama para que fuja com ele, é casada, e Ellie sente-se atraída para saber o que aconteceu com esse romance proibido.

Nessa parte, saí do ano de 2003 e nos leva a conhecer Jennifer, Laurence e Antony, no ano de 1960.

Não sei se foi pela série Mad Men, que se passa nos anos 60, e o meu encanto por essa época, em que o mundo gritava a mudança a pleno pulmões, mas são anos que para mim, são dourados!

Senti muita falta de detalhes físicos dos personagens, aquelas características que muitas vezes se misturam com a personalidade criada e nos fazem sentir que conhecemos aquelas pessoas desde sempre.
Mas fora isso, a descrição da vida de Jenny com Laurence, e de Antony, separadamente, é muito instigante e bem trabalhada.

Na minha opinião, foi a melhor parte do livro.

Não gostei da jornalista Ellie, creio que ela foi criada apenas como aqueles curtas metragens da Disney Pixar antes de seus desenhos, criado apenas para dar um entretenimento antes da grande atração começar.

As cartas de Antony O’Hare no livro de JoJo Moyes, são puras e simples, dominantes e libertadoras, expressivas e calmas, angustiantes e apaixonantes.

Sim, muito estranho, mas são cartas com verdades. São aquelas verdades que nós escondemos de nós mesmos! Que nos negamos a deixar vir a primeira faixa de pensamento em nossa mente, que obrigamos a ficar bem guardadas, como vergonhas.

Estou divagando?

Não sei, de verdade.

Só sinto que a falta de cartas de amor nesse mundo virtual, nesse século XXI, nesse corre corre diário, é uma verdade tão dolorosa, que me faz querer gritar para o mundo:

“Parem com suas mensagens compartilhadas nas páginas de sites. Parem de copiar desejos alheios, palavras alheias. Parem de esperar. E façam acontecer! Escrevam suas palavras. Desejem os seus desejos! Se vocês querem amar, e serem amados, façam isso, da sua forma, não se envergonhe!”

Sei que para algumas coisas é muito mais fácil escrever, mas que quando temos que colocar nossos sentimentos à visão não somente nossa, mas de uma segunda pessoa, a coisa pode ficar aterrorizadora, mas caramba! As pessoas estão carentes disso, carentes de amor, de atenção, de sentimentos puros e intensos, de cartas de amor!

A gentileza dos homens para com as mulheres está morrendo como se estivesse anos esperando uma cura, e agora, desistisse de sua vida, que fora tão bela, mas que terminará de forma iminente.

A paixão das mulheres está acabando, no começo é tudo lindo, apaixonante, mas depois, só reclamações, medos e complicações. Não se luta mais por amores! Não se luta mais por aquele sentimento de 50 anos atrás, aquele, que faziam as pessoas se casarem por amor, que faziam as pessoas saírem de um casamento, enfrentarem o grande preconceito social, em nome do amor. Aquele em que a filha fugia do pai, para estar com o homem que amava.

Cadê a beleza do amor? Cadê a necessidade de se amar? Aquela confusão sentimental que não deixava as pessoas dormirem, comerem, viverem. E que somente quando pegavam uma caneta e um papel, e escreviam de forma tensa e necessária, que o amor que sentia pela pessoa o consumia tanto, que a simples ideia de dormir, comer e viver longe da pessoa amada, era como mil facadas em seu peito?

Cadê as cartas de amor?

Sim, o livro me empolgou, e pode empolgá-lo também.

A busca pela felicidade é algo da natureza do ser humano, e sempre vemos felicidade ligada ao amor, e porque deveria ser diferente?

Escrevam cartas, bilhetes, e-mails, torpedos, recados no mural, scraps de amor!
Se você tem dificuldade em mostrar seu sentimento, tente escrever, vai ver como pode ser muito mais fácil e prazeroso para você e para a pessoa que irá receber suas palavras.

As cartas de amor não fazem falta, apenas, porque ajuda a nos lembrar de que a pessoa o ama, faz falta porque são sentimentos postos em palavras que se podem ultrapassar anos, décadas e séculos, pois elas estarão fixas, a tinta marcada no papel é como o amor encravado em seu coração, só que a outra pessoa pode ver, e porque não se deliciar e voltar 
a acreditar que o amor existe sim!

Livro gostoso de ler, narrativa muito bem construída e história belamente criada.

Agora com licença, porque eu preciso escrever uma carta de amor, e espero que ela não seja a última.

Beijos,
Taty

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Corretor - John Grisham

Autor(a): John Grisham
Título Original: The Broker
Páginas: 356
Lançamento: 2005 Brasil / EUA
Editora: Rocco
Classificação:


Joel Backman era um homem extremamente poderoso. Conhecido como "O Corretor", ele sabia apostar alto; um advogado que ganhava 10 milhões de dólares por ano e podia "abrir qualquer porta em Washington". O que era verdade até ele tentar negociar o acesso ao mais sofisticado sistema de vigilância por satélite do mundo, com quem fizesse a melhor oferta. Quando foi descoberto, Backman achou que a prisão era a única maneira que tinha de permanecer vivo e sem segurança. Seis anos depois de ter sido aprisionado, o diretor da CIA convence o presidente dos Estados Unidos a perdoar Backman, e o corretor passa a ser um homem livre - e um alvo perfeito.

Não ando tendo sorte com os livros de suspenses políticos e policiais que tanto gosto - Sidney Sheldon, Christopher Reich e Sam Bourne, vocês são mestres!!! - e o primeiro livro que li do famoso autor John Grisham me decepcionou muito mais do que A Janela de Overton


Vamos às devidas explicações.
Quando li a sinopse, pensei, vai ser uma caçada e tanto. Vai mostrar esse famoso “advogado” em seu submundo da política, sua decadência, liberdade até a chegada dos assassinos irem à procura de Joel Backman para matá-lo e assim, aniquilar todos os segredos que ele por ventura tivesse.

Ledo engano – de novo!

O livro começa bem, muito bem, adoro os bastidores de Washington, é a pura fanfarra política, assim como no Brasil, mas convenhamos, os americanos tem classe até mesmo nesse submundo político cheio de armações e corrupção.

Começa bem, de uma forma bem diferente do que imaginei, mas até aí tudo bem, melhor um livro te surpreender do que fazê-lo adivinhar a estória toda.
Só que, é melhor você adivinhar a estória toda e ela ser razoavelmente boa – só seria ótima se te surpreendesse – do que ser totalmente surpreendente da forma negativa como “O Corretor” foi para mim.

Backaman é literalmente expulso dos EUA após receber um indulto presidencial e eliminar 14 anos de sua sentença à prisão solitária, é despachado para a Itália e lá recebe o nome de Marco Lazzeri e é neste ponto que o livro desanda.
São mais de 200 páginas com o “Marco” aprendendo italiano e comendo, comendo e comendo!

Sei que a Itália é famosa por sua gastronomia, e que viajar para o país é entrar em uma mar de restaurantes e sabores magníficos, mas hello, John Grisham, não estou na Itália para comer tudo aquilo que você apresenta no livro,e muito menos lendo um livro sobre a Itália, estou lendo um livro sobre um conflito político, ora bolas.

As descrições são enfadonhas e nem a descrição das cidades me chamaram a atenção.
O que era importante no livro – a estória sobre o tal software de satélites e a caça à Joel Backman – ficou em quarto, quinto, décimo lugar no livro, o que, em minha opinião – deixo bem claro isso – detonou com o livro.
É fácil você pegar um livro, de qualquer autor, de qualquer gênero, e ver uma estória que tinha tudo para dar certo, se deteriorar porque o autor não conseguiu mantê-la em um ritmo, desviou-se para dar mais realidade e acabou não achando o caminho de volta.

Pois bem, foi uma tortura ler esse livro, mas eu tinha que terminá-lo e saber se no fim, o senhor Grisham daria um final decente ao chato e tolo Marco/Joel. E não foi assim, quando a coisa ia ficar boa, o livro já estava em suas páginas finais, e quando o terminei, a única coisa que veio à minha mente foi: Preciso ler outro livro do John Grisham.
Preciso dar uma segunda chance pro autor, né? Ele tem MUITOS livros, vários viraram filmes, ótimos por sinal, e pode ser que eu tenha tido a infelicidade de escolher um dos piores deles – já aconteceu isso com o meu amado Sidney Sheldon e isso não significa que ele não tenha livros maravilhosos! – assim, não posso fechar a porta na cara de um autor do calibre dele.

Por isso, vou dar mais uma chance, só que não agora, preciso ler algo que eu sei que vai ser bom...

Então vou ler um da Irmandade da Adaga Negra – risos – não, não tem nada com os meus amados suspenses políticos e policiais, mas eu tenho certeza que irá me agradar muito diferente desse livro do John Grisham.

O que não me deixa mais nervosa, é que paguei R$ 10,00 em uma promoção na FNAC, sim, dez reais é dinheiro e algum livro muito bom, mas é menos mal do que se tivesse pago umas cinquenta pilas, né?

De qualquer forma, quem não quiser passar raiva e perder tempo, não olhem nem uma primeira vez para esse livro, agora, se você estiver precisando de um guia sobre a Itália e tá sem dinheiro? Bom, pode ir à Bolonha sossegada somente com esse livro como guia, porque além disso, ele não tem nada de bom!


Beijos,
Taty