quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Luxúria - Eve Berlin



Autor(a): Eve Berlin
Título Original: Pleasure's Edge
Páginas: 252
Lançamento: 2010 - EUA/ 2012 - Brasil
Editora: Lua de Papel
Classificação:  



Lembram que havia comentado com vocês que iria ter mais um lançamento de literatura erótica?
Então, eis que estava andando pela FNAC - não sei porque ainda entro nesses lugares - e me deparo - acho que a fnac tem pacto com as editoras, porque os livros sempre chegam primeiro pra eles - com o Luxúria na área de lançamentos.
É muito bom ver esses romances - sem ser Sparks, Nora Roberts e afins, na área de lançamento sem nenhum preconceito.
Nisso bato palmas para o 50 tons!

Eu não podia ler nada de literatura essa semana, a prateleira de livros para ler está super cheia - vou tirar uma fotinho pra vocês verem que não estou exagerando - e coloquei mais os cinco livros by fnac junto - sim, não sai só com o Luxúria.
Mais eis que no domingo à noite ele olha pra mim, eu olho pra ele, tento me controlar, explicar que essa semana não posso deixar minha mente entrar em uma história, mas ele não me ouve, e como sempre, a pessoa de carne fraca, se rende!

Li apenas no caminho de ir para o trabalho, ou seja, às 06:50 estava com o livro em mãos virando as páginas rapidamente porque queria acabar logo com o ele.
Três dias depois, temos o resultado dessa leitura, e vos digo, foi decepcionante.
Vamos a história.

Dylan é uma escritora de romances eróticos que pede a ajuda de Alec Walker para escrever seu próximo livro, que terá o sadomasoquismo como base.
Alec é conhecido por ser um dominante experiente e ele propõe que Dylan não apenas ouça suas experiências, mas que viva sob sua submissão.
Ela aceita, afinal, é uma mulher independente que adora sexo bom e no segundo em que olha para ele, sente a faísca de desejo lhe inundar.
Agora ela precisa deixar-se levar pela dominação de Alec, mas qual a linha divisória entre sexo e amor?

Pois bem, a narração é em terceira pessoa - finalmente - e é ótimo ter a visão dos dois sobre determinadas situações.
Só que bem, esse livro, ele não é bom, mas também não é ruim, entendem?
Ele é mais sado do que os outros que eu li, sem duvidas. Nesse temos de verdade a arte da dominação e submissão, durante o sexo, o que não senti nos outros livros. E há também a linha tênue entre a dor e o prazer, o que também não senti nos outros.
Mas fora isso, o livro é apenas sexo, selvagem, que é escrito de forma bem realista, mas que não me convenceu.
Até no primeiro beijo entre a tonta da Anastacia e o Grey eu senti um "ui" esse foi bom, agora, apesar dela descrever Alec como um homem sensual, ele não me pareceu ser tudo isso de verdade, sabem?
Ah, é difícil explicar, mas o casal, junto, não convence.
Fora que eles fazem umas confusões muito idiotas, e a Dylan fica nessa de mulher independente que não pode se apaixonar e o Alec fica na que seu pai foi muito feliz sozinho e que ele também será.
Só que, primeiro, para ser independente você não precisa deixar de amar, é só não ficar possessiva e dependente ao extremo do seu companheiro, e segundo, como você pode saber se outra pessoa é ou foi realmente feliz?!
É muita ladainha pra duas pessoas. De verdade.
Gritos para a tradução, erro de português e digitação? pegou super mal, hein Lua de Papel?

O segundo livro já foi lançado nos EUA, mas ainda não tem previsão de quando chegará em terras guaranis, talvez o segundo melhore, e eles passem a ter um relacionamento de verdade além do sexo, não estou dizendo que o livro só ter cenas e mais cenas de sexo seja ruim, não, mas desde que tenha uma finalidade na história e que seja bem colocada. Essa coisa de que a mulher tem um orgasmo apenas com um olhar dominante e umas caricias não cola, então, please, se podem ser realistas na descrição das cenas, sejam realistas na colocação dessas.

Não sei se irei terminar de ler essa trilogia, talvez por curiosidade para saber se melhora, de imediato, acho que foram 23,90 mal gastos, e vai pra lista dos que venderia no sebo.
O que me deixa encabulada é, essa escritora é uma escritora de romances eróticos. Então, será que eles escolheram mal, só porque é uma trilogia?! 
Fica a dica para as editoras, não precisa ser trilogia, desde que seja bom, já que irei pensar duas vezes se vou ou não termina-la.


Agora parei com as leituras, pelo menos até domingo, me desejem sorte! Se der certo eu conto depois! hahaha

Beijos,

Taty

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Um Porto Seguro - Nicholas Sparks



Autor(a): Nicholas Sparks
Título Original: Safe Haven
Páginas: 414
Lançamento: 2010 - EUA/2012 - Brasil
Editora: Novo Conceito
Classificação: ★★★

Super demorei para voltar, não? 
Mas sabem, quando há um lançamento do Nicholas Sparks, eu termino rapidamente qualquer livro que esteja lendo e me jogo na narração perfeita, descompromissada e rápida do Sparks.

Algo que eu amo nos livros dele é como ele tem uma narração perfeita. De verdade. Não vou dizer que não cansa em alguns momentos, mas a forma como une as pontas, como ele alcança o objetivo e claro, a diversividade de palavras - depois de tanto revirar os olhos deusa interior e minha mão está coçando, precisa de algo bem escrito - é sempre muito prazerosa de se ler. E com o último lançamento nacional do nosso autor fofo, não foi diferente.


Quando uma mulher misteriosa chamada Katie aparece repentinamente na pequena cidade de Southport, na Carolina do Norte, questionamentos são levantados sobre seu passado. Linda, mas discreta, Katie parece evitar laços pessoais formais até uma série de eventos levá-la a duas amizades relutantes: uma com Alex, o viúvo, com um coração maravilhoso e dois filhos pequenos, a outra com sua vizinha muito franca, Jo. Apesar de ser reservada, Katie começa a baixar a guarda lentamente, criando raízes nessa comunidade solícita e tornando-se próxima demais de Alex e de sua família. No entanto, quando Katie começa a se apaixonar, ela se depara com o segredo obscuro que ainda a assombra e a amedronta: o passado que a deixou apavorada e a fez cruzar o país para chegar no paraíso de Southport. Com o apoio simpático e insistente de Jo, Katie percebe que deve escolher entre uma vida de segurança temporária e outra com recompensas mais arriscadas... e que, no momento mais sombrio, o amor é seu único refúgio.

A história é muito bem elaborada, de verdade.
Chega um momento em que nos dividimos entre o presente e o passado de Katie, e depois temos alguns capítulos presentes envolvendo o passado dela que, devo confessar, foram meio cansativos, mas sei que necessários para que pudéssemos entender os personagens.

Gente, Alex é tudo de bom. 
Todos os homens dos livros do Sparks são maravilhosos, né? Convenhamos!
Ele tem um coração enorme, é muito fofo, carinhoso e um pai de dar orgulho.
Eu sou uma pessoa que se apaixona muito fácil! hahaha E fiquei apaixonada pelo Alex.

O que não me agradou nesse livro foi o final.
Ele podia ter diminuído muitas coisas e se alongado mais no final, acabei a leitura com uma sensação de que precisava de mais. Queria saber mais.

Quem for ler Um Porto Seguro pensando que é uma história de amor, pode tirar o cavalinho da chuva. Sim, ele tem romance, mas o amor de Katie e Alex não é o personagem principal.
Acho que a coragem, determinação, esperança e desejo de recomeçar são os ingredientes principais dessa história. O que não deixa de encantar.

Seguindo um estilo bem diferente do que estamos acostumados ao Sparks, sei que esse livro é de 2010, mas junto com Um Homem de Sorte, ele anda escrevendo livros com mais suspense, ação e com finais que você fica mudando de página com uma mão e roendo a unha da outra.
E isso é ótimo, se não fosse a questão de ferrar com o final! rsrsrs

Não foi um dos meus favoritos, apesar de ter me apaixonado pelo Alex. Precisa-se de muito mais para agradar a pessoa aqui.
É um livro ruim?
De forma alguma. 
Só não é um dos melhores, entendem?

É uma boa opção para um sábado chuvoso ou tedioso, afinal, Nicholas Sparks sempre é uma boa opção!

Enquanto isso, volto para o meu Harvath...

Beijos,

Taty



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cinquenta Tons Mais Escuros - E L James




Autor(a): E L James
Título Original: Fifity Shades Darker
Páginas: 485
Lançamento: 2011 - Eua/ 2012 - Brasil
Editora: Intríseca
Classificação: ★★



Anastacia Steele está de volta!
Mas não é ela que importa, mas sim Christian Grey.
Ah esse Christian.

No segundo livro da trilogia 50 tons, o grande fenômeno que está fazendo os livros eróticos, simplesmente, sumirem das prateleiras das grandes livrarias, foi lançado a menos de uma semana. Para ser mais exata, na quarta-feira. Sendo que a previsão de lançamento era 15/09 - odeio quando eles não cumprem datas, seja para mais ou menos.
Enfim, depois do primeiro livro, a única coisa que me fez querer ler o segundo foi a prévia do segundo livro que tinha no fim do primeiro.
O primeiro capítulo do Cinquenta Tons Mais Escuros me pegou, e devo dizer, que o segundo livro inteiro, teve grande eficácia em me prender.

Ok, ok, o primeiro livro também me prendeu. Era o primeiro sobre BDSM que eu lia, e fiquei muito curiosa, instigada, a ler sobre esse tipo de história.
Depois da ótima experiência com o Toda Sua, a qual me apaixonei pelo Gideon e suas "safadezas" estava receosa com o segundo livro da E L James.
Sim, o problema da narração ainda está lá. A maldita Deusa Interior também, enchendo o saco, e o baby que me irritou tanto no primeiro, começou a me fazer sorrir em alguns momentos.

Mas porque eu gostei mais desse segundo livro?
Ah, porque ele não tem BDSM e porque descobrimos muito, para não dizer quase tudo, sobre Christian Grey e suas loucuras, ora bolas!
Isso mesmo!
O livro que está sendo considerado o grande livro erótico sobre sadomasoquismos e coisas do tipo, simplesmente, neste segundo volume, deixa isso para trás.
Não temos mais o Christian dominador, ou a Anastacia submissa.
Temos o Christian apaixonado e a Anastacia enchendo o saco! - como sempre.

Vamos a história.
Anastacia largou o Christian no primeiro livro, isso não é spoiler porque está na sinopse oficial do segundo livro, ok? E eu comecei a ler o primeiro já sabendo que ela o deixava!
Pois então, mas cinco dias depois eles se reencontram e Christian tem uma proposta para Anastacia, e dessa vez ele não vai deixá-la fugir, de forma alguma. Só que ao mesmo tempo, Anastacia tem que enfrentar seus piores medos virem à tona. Finalmente ela conhece a Mrs. Robinson e algumas pessoas farão de tudo para que esse romance improvável dê errado, seja de um jeito ou de outro - o que me deixou MUITO curiosa para o terceiro livro.

Pois então, o Christian, gente, o Christian é VIDA!
Para isso eu bato palmas para essa autora!
Se no primeiro livro ele já é apaixonante e lhe domina os pensamentos, no segundo, Christian Grey fica ainda melhor - sim ela conseguiu essa proeza.
Lembram que eu disse, na resenha do primeiro livro, que não sabíamos quase nada sobre o Grey? E que era isso que o tornava misterioso e sedutor?
Pois então, nesse segundo livro, descobrimos muito sobre ele, e pra felicidade de todas, ele continua sendo misterioso e sedutor! A história dele, da infância, dele com a Mrs. Robinson é bem pensada, e particularmente, gostei! Dá para entender, muito bem, o motivo que o tornou da forma que ele era no primeiro livro.
E aí, nós vemos um novo Christian florescer! E ele, ahhh, ele é sexy, lindo, sedutor, maravilhoso!!!
Christian quer um relacionamento com a Ana, e ele faz de TUDO para que dê certo.
Se Anastacia quer flores e corações? Bem, Christian Grey lhe dará flores, corações e um relacionamento baunilha, como ele mesmo diz. Mas ahhh, se todos os relacionamentos fossem baunilha como o senhor Grey tem com a Srta. Steele, o mundo seria muito melhor! Não haveria homens e mulheres mal humorados, disso tenho certeza!

Só que claro, a Anastacia é uma chata! Ela está sempre questionando as mesmas coisas, duvidando das mesmas coisas!
O cara simplesmente, fodido em 50 tons diferentes, muda a vida por ela e não vemos ela fazendo nenhum esforço para apenas, APENAS, aceitar!
Fica sempre questionando, questionando, apesar dele fazer tudo por ela.
Christian é apaixonada, dominador, possessivo, briguento, carinhoso, compreensivo, infantil, amoroso, protetor... ah poxa! Quer mais o quê?
Tá eu não estou falando que um relacionamento possessivo, dominador, ciumento seja bom - não estou falando isso! - mas no livro, ah, neste livro de ficção com esse homem maravilhoso que só poderia existir em um livro, esse relacionamento não tem nada de ruim!

Sim, estou apaixonada pelo Sr. Grey, é impossível não se apaixonar por ele nesse livro.

Sabe, a Fabíola vai gritar por isso - risos - mas estou começando a gostar dessa narração em primeira pessoa! Tanto, que quando li o Primeiro Mandamento, tinha horas que me pegava pensando que era o Scot que estava dizendo, mas não, era a narração! hahahaha
Está tendo muitos livros assim, e como estou lendo a maioria desses lançamentos, tô me acostumando!
Não que ela tenha virado uma grande personagem, longe disso, mas por ter me acostumado me sinto mais aconchegada com a leitura.
O grande problema dessa narração em primeira pessoa é a questão do tempo!
Acontece muita coisa em curto período de tempo, e penso: "Caramba! Minha vida é muito monótoma, porque se uma pessoa vive tudo isso em uma semana..."
Mas não vou dizer que pessoas não ficam completamente loucas umas pelas outras em um espaço curto de tempo.

Sei que algumas pessoas irão me apedrejar, mas temos o exemplo da Khlóe Kardashiam Odom, que namorou, noivou e casou em um mês! E está casada há uns 3-4 anos! - Sim eu gosto de Kardashian - droga de E!. 

Mas é um exemplo de que, tempo, nem sempre é tudo em um relacionamento. Conheço - de verdade - muitas pessoas que namoraram durante anos e o relacionamento acabou de forma fria e insensível. Então tempo não é tudo!

Enfim. O segundo livro é ótimo! Quem leu o primeiro e se decepcionou como eu, porque esperava muito mais, acho que irá gostar do segundo. Ele é erótico sim, Christian continua irresistível, mas a história não tenta ser algo que não é. E acaba sendo algo de muito legal, um romance gostoso de se ler.

Ansiosíssima pelo terceiro livro, mas com muita raiva, porque só vai chegar em NOVEMBRO!
Gente, pra quê tanta demora? Que coisa!

Enquanto isso, vamos ler o lançamento mensal do Nicholas Sparks e nos jogar nos outros lançamentos estilos 50 tons e Toda sua das outras editoras!

Beijos,

Taty












sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O Primeiro Mandamento - Brad Thor


Autor(a): Brad Thor
Título Original: The First Commandment
Páginas: 271
Lançamento: 2009 - Brasil/ 2007 - EUA
Editora: Sextante
Classificação: ★★★



Eu amo livros de espiões!
De verdade!
Apesar de não ter lidos muitos - é difícil achar - quando acho um que a sinopse me atrai, normalmente, não me decepciono. E não foi diferente com o livro de Brad Thor.

Sabe essas conspirações terroristas, envolvendo governos, agências de inteligências, espiões, altas autoridades, ataques, planos elaborados e claro, aquele cara, ou mulher, que ama demais o seu país para deixá-lo à mercê dos malvados.
Esses ingredientes me atraem, e foi uma grande mistura desses que fez de O Primeiro Mandamento, uma leitura agradável e digna de respeito, devo acrescentar.

A minha grande paixão é o Doutor Jonathan de Christopher Reich, sim a trilogia A farsa, A vingança e A traição me encantou completamente, e ainda aguardo o quarto livro com muita ansiedade. Indico de olhos fechados para todos, porque é difícil que alguém não se prenda.
E foi isso que aconteceu comigo com Scot Harvath. 
O cara é um "super-herói" de verdade!
Ex-Seal, trabalhou na Marinha americana, serviço secreto e estava, agora, trabalhando diretamente para o presidente do país.
E claro, inteligente ao extremo além de ser um mega espião!
Mas a história não é essa, a história é muito, mais muito mais interessante.

5 grandes terroristas foram soltos da prisão americana instalada em Cuba, no meio da noite, sem que ninguém soubesse da soltura ou o motivo para tal ato descabeçado!

Seis meses depois, Harvath encontra sua namorada baleada em frente à sua casa. E como se não bastasse isso, sua mãe também sofre um atentado.

Além de ter as pessoas que ama correndo perigo, Harvath é obrigado, pelo presidente, a manter-se afastado desse assunto. Pois ele já havia colocado os melhores agentes no caso.
Mas Scot Harvath não fica parado, esperando, nem mesmo quando o chefe de seu país o obriga. Assim, com a ajuda de seus super amigos, ele vai para um super resort onde há uma verdadeira instituição de espionagem, e lá eles começam a descobrir coisas muito interessantes. 

A primeira é que os atentados foram feitos com base nas 10 pragas do Egito, só que inversamente. Indo do 10 para trás. O que faz Scot pensar, quem será o próximo alvo?

A segunda é que isso é pessoal, um tipo de vingança, e tem haver com a soltura desses terroristas, agora, ele não se recorda de ter feito nenhum missão contra algum deles, então, qual o motivo da vingança? E porque o presidente não queria que ele soubesse da soltura desses terroristas? Por que o presidente queria-o longe de tudo aquilo?

E assim começa a caçada de Scot Harvath pela verdade, e claro, pelo assassino que está disposto a matar todos aqueles pelo qual Scot Harvath nutri algum sentimento.

Como disse, o cara é fantástico, bem como os personagens secundários! Não posso esquecê-los.
Os amigos de Scot, o "corretor" anão Troll que o ajuda, a equipe a qual ele trabalhou, os amigos que lhe ajudam, todos, são de uma construção bem criativa.

O livro é curto, para uma história envolvente. O que significa, que do primeiro parágrafo em diante, é pura ação, suspense e nervosismo!

Temos até mesmo Angra dos Reis como cenário para cenas bem boladas e muito bem narradas.
Enfim, me apaixonei, vocês perceberam, né?

Mas é que não teve aquela enrolação, entendem? Fora que, apesar das coisas que o Harvath faz serem bem cruéis - helloooo, espião que trabalha diretamente para o presidente?! - há uma humanidade nele, e o personagem foi muito bem construído, de verdade.
E me impressionei com a forma como os personagens secundários foram tendo seu espaço e mostrando a que vieram!
Nesse mundo pós-11 de setembro, as histórias estão mais obscuras e há uma critica escancarada no livro, tentei achar a parte que me fez gritar de alegria, mas não achei e estou sem tempo pra procurá-la agora, mas acho o máximo quando um americano vê de forma claro os problemas de seu país.
E a decadência que ele está tendo. Por que sim, da mesma forma que Roma ruiu, os Estados Unidos está seguindo o mesmo caminho.
Agora é uma opinião muito pessoal se isso é um caso feliz ou infeliz!

Tem um segundo livro, também com o Scot Harvath - me emociono e deliro! - e claro, graças à Bienal, que foi onde comprei esse, e o seu preço supimba, já tenho o segundo, e após ler os lançamentos quentinhos que chegaram essa semana, foi ler o segundo e volto pra resenhar.

Brad Thor se tornou meu segundo autor preferido de espiões. Quem souber de mais, me dê dicas! Gosto de livros assim entre os meus romances!

Beijos,

Taty

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Deuses Americanos



DEUSES AMERICANOS

Autor: GAIMAN, NEIL
Tradutor: BAN, ANA
Editora: CONRAD DO BRASIL
"A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo." Karl Max.
Esse livro é uma fantasia moderna,  e em minha opinião muito cativante, todo começo de capítulo do livro o autor coloca uma citação,  tomei a liberdade de  também colocar uma citação como vocês puderam observar, citação essa, condizente com o tema do livro.
Começamos com Shadow, um presidiário prestes a ganhar liberdade condicional e que só quer viver em paz com sua esposa, mas ao sair da cadeia depara-se  com o Sr. Wednesday, e partir daí começa uma viagem misteriosa, fantasiosa e  delirante ao mundo do deuses e dos seres misticos e míticos de todo o mundo.
Shadow é levado a entrar numa briga entre  deuses antigos, deuses trazidos pelos imigrantes europeus aos Estados Unidos e os deuses novos americanos, a mídia, a internet, as estradas de ferro a tecnologia. 
O autor tem uma visão muito interessante da grandiosidade dos deuses e dos homens, o que seria dos deuses se não tivessem pessoas suficientes para acreditar neles? E dessa forma coloca os homens como iguais, ou até superiores talvez, aos deuses, por que não precisamos de ninguém para existir, estamos aqui, ponto. É claro que essa é visão do autor livro, não necessariamente a minha, mas nos leva a pensar, me levou a pensar...pensar que se vc tira a fé, que geralmente é cega, uma séries de especulações e dúvidas surgem.
E para finalizar,  tem o crescimento do culto ao dinheiro, a tudo que é material e essa exposição retubante que a mídia oferece a algumas pessoas, ou seja, o culto ao EU em detrimento aos valores como ética, altruísmo, igualdade....e por aí vai galera. 
É o tipo de leitura que eu gosto, pra mim tem conteúdo, me leva a raciocinar, não é só uma historinha bonitinha  com final feliz, alias de feliz não tem  nada, é uma história pra que guando fechamos o livro depois de terminado, ainda ficamos dias pensando, não na história em sim, mas nas idéias que essa história nos incutiu.
Att,
Lidiane Fernandes








quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Toda Sua - Sylvia Day




Autor(a): Sylvia Day
Título Original: Bared to You
Páginas: 274
Lançamento: 2012 - Eua e Brasil
Editora: Paralela
Classificação: ★★★




Estava conversando com algumas amigas, via comentários no face que se tornou um bate-papo muito legal, que após o grande sucesso do livro erótico 50 Tons, cada editora iria atrás do seu Christian Grey.

Da mesma forma que tivemos a onda de vampiros e sobrenaturais, os livros mais apimentados estão domando o mercado, e a aposta da Editora Paralela nessa febre foi o ótimo Toda Sua da autora norte-americana Sylvia Day.

Pelo elogio logo de cara e pela classificação, vocês podem perceber que gostei desse livro.
Ao mesmo tempo em que temos as semelhanças com 50 Tons, temos grandes diferenças.
Mas antes vou apresentar a história para vocês.

Eva Tramell consegue o emprego dos sonhos em uma agência de publicidade, e ao mesmo tempo, encontra o homem dos sonhos. O senhor Moreno Perigoso, como ela o apelida logo de cara.
Gideon Cross quer apenas uma coisa de Eva, levá-la para cama. Mas quando ambos se encontram, há uma explosão de tensão e sensualidade entre eles, algo que apesar de Eva tentar evitar, não consegue.
Eles concordam em aplacar essa sensualidade explosiva entre eles, mas no caminho acabam se apaixonando e o que deveria ser uma simples relação de sexo, torna-se algo grande, tão grande que o passado sombrio dos dois não consegue manter-se às sombras e quando chega o momento de lutarem contra esses sentimentos que os atormentam eles precisam decidir se vale mesmo remexer em cicatrizes ainda abertas por esse amor.

Narração em primeira pessoa - de novo - mas não senti como se estivesse lendo um diário adolescente como em 50 tons.
Desculpe, mas haverá muitas citações de 50 tons, já que ele que desencadeou esse fenômeno erótico literário que estamos tendo.
Diferentemente da chata da Anastácia, Eva sabe o que quer, é uma mulher que não se cala, mas foge, e muito, e isso chegou a me irritar em alguns momentos.
Mas pense, em 50 tons temos aquela menina virginal e simples, que inacreditavelmente, consegue fazer o bilionário mais gostoso do momento se encantar por ela. Já Eva não. Ela é loira, linda, corpo perfeito, dona de si e muito boa no sexo.
Então dá pra entender todo o encantamento do zilionário, Deus Grego, cabelos negros, olhos azuis, corpo perfeito, tórax forte, barriga tanguinho e dono de algo muito poderoso (hã-hã), Gideon Cross.
Eles formam o casal "perfeito", entende? Não é tão irrealista como quando colocam uma zonza para ser a imagem da loucura de um homem como Gideon ou Grey.

Fora que, os dois são ótimos juntos. Sério, tipo sem palavras para definir o quanto eles são bons juntos!
O relacionamento deles é do tipo possessivo, ciumento, histérico, dependente e louco! Mas isso por conta dos traumas deles.
Nesse primeiro livro - opa, esqueci de comentar que este é o primeiro volume da trilogia chamada Crossfire - descobrimos os motivos para Eva ter tanto medo de um relacionamento e até mesmo, de ser submissa à Gideon, mas infelizmente, algo que me deixou muito triste, não descobrimos NADA sobre os traumas dele. O que me deixou muito, muito curiosa!

Então, sim, tem uma pegada de submissão, mas nada de BDSM forte, pelo menos eu não senti isso como em 50 tons. Os dois estão entregues um ao outro, isso é perceptível, e quando Gideon cita que Eva é submissa, é de uma forma muito mais delicada do que a forma como o Grey impôs à Anastacia. Fora que ela acaba até mesmo aceitando e querendo isso, porque é algo que lhe dá muito, mais muito prazer.

Está aí outra sacada.
Apesar das cenas eróticas de 50 tons, não fiquei, como posso dizer, encantada com a narração. Sim o Grey tem um poder de sedução delicioso, mas o casal, Eva e Gideon convence e encanta e muito nas cenas de sexo.
Uma amiga disse que 50 tons era para se ler com uma mão.
Isso porque ela não leu Toda Sua.

Algo que não me convence é a questão tempo, nesses livros.
É tudo muito rápido.
Como se encontrar uma pessoa, se apaixonar, transar loucamente e perceber que não pode viver sem ela, acontecesse em menos de um mês!
É forçar!
Em todo o livro, não chegamos nem um mês, igual à 50 tons. Mas, pelo menos, temos algumas explicações muito mais aceitáveis para tal situação.

Destaque para Cary, o amigo de Eva que simplesmente, encanta! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer com ele no próximo livro.
Ah sim, então, o final, ele não é de nos deixar ansiosas. O que achei bom, já que o segundo livro, que está intitulado de Profundamente Sua só chega em janeiro de 2013!!!! Se a pessoa aqui tivesse ficado ansiosa pelo segundo, teria um treco.
Mas apesar disso, não estraga a história de forma alguma e com certeza, quero saber o que vai acontecer com esses dois, como eles vão superar os traumas e principalmente, o que aconteceu com o Gideon!

Se fosse para indicar uma literatura erótica, com uma escrita impecável, sem chavões, repetições idiotas e com uma história ADULTA e digna de leitura, essa seria Toda Sua.

Lembrando, claro, que esse é o segundo livro desse tipo que  leio. rsrsrs

Em 15/09 chega o segundo livro de 50 tons, e no final de setembro, um livro chamado Luxúria, também no mesmo naipe.
Fora outros, que ainda estarão por vir.
Será o fim da era dos vampiros?

Beijos, 

Taty




segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Recurso - John Grisham


Autor(a): John Grisham
Titulo Original: The Appeal
Páginas: 384
Lançamento: 2008 - EUA e Brasil
Editora: Rocco
Classificação★★★


Lá estou eu, toda feliz e saltitante pela Bienal, procurando livros na bagunça do stand da livraria São Marcos, quando me deparo com esse livro do John Grisham por 15,00 reais.
Penso: Preciso dar uma segunda chance, certo? E já que estou aqui, vamos sem medo.
Comprada a segunda chance do autor norte-americano John Grisham, só faltava coragem para lê-lo. Por que sim, depois de O Corretor, fiquei um pouco assustada com a minha lerdeza para a leitura e o com o meu desespero para terminar logo.

Bom, li o da Mcnaught e decidi ir logo pra ele, ficar enrolando não é a minha, e como tem um MONTE, mas tipo, UM MONTE MESMO de livros que quero ler, quis passar por esse que não estava muito animada, porque leria rápido para passar para o próximo livro.
Então comecei a ler na terça-feira seguinte à Bienal, isso foi dia 21/08 e terminei de ler 01/09. Tipo, 10 dias para ler um livro de 384 páginas, Tatiane? Enlouqueceu?
Tivemos uma pausa de um dia para o Belo Desastre e depois a minha ressaca literária, onde ainda estava no mundo de Abby e Travis.
Mas sério, foi difícil ler O Recurso, bem difícil.

A história é a seguinte:
Em O Recurso, o leitor já começa a trama dentro de um tribunal de Hattiesburg, Missippi, à espera do retorno do júri após o término de um longo julgamento. 
Quando o júri volta com um surpreendente veredicto de 41 milhões de dólares contra Krane Chemical Corporation, uma grande empresa química, considerada culpada por jogar substâncias tóxicas na água de Bowmore, uma pequena cidade em Cary Country, é que Grisham começa a mostrar ao leitor o quanto os ricos podem ser ainda mais gananciosos.


Eu me apaixonei pela sinopse, me apaixonei pelo começo, pela campanha que há durante o livro, mas odiei todo o resto.
Vamos às explicações:

O livro tem uma proposta magnífica, a narração é impecável e em alguns momentos, você fica roendo a unha querendo saber o que vai acontecer.
Mas o grande problema é que ele demora demais!
Sentia a mesma coisa no Corretor.
Ele tem uma história ótima na mão, personagens bem construídos - devo até acrescentar e personagens demais, totalmente desnecessário - mas acaba enrolando com coisas idiotas, e no final, corre, corre e puft! O livro acaba sem aquele gostinho de conclusão delícia que temos com os livros que gostamos. E isso, pra mim, estraga e muito a história toda.

O Conhecimento do autor sobre esse mundo é muito bom, de verdade. Como ele mesmo disse em notas, já trabalhou no judiciário e sabe do que está falando e vemos o que ele diz não apenas no sistema judiciário, mas em todos  os sistemas políticos. Seja nos Estados Unidos ou no Brasil, sempre temos a corrupção por parte de grandes empresas e de políticos.

Não vou dizer que odiei, seria uma baita mentira, mas demorei para ler porque grande parte do livro me deu sono. Li rápido no começo e no final, mas o meio é um saco, de verdade.

Não sei se terei coragem de ler outro livro do Grisham. Apesar de sempre ficar muito curiosa com as sinopses dos livros dele - gostei muito da sinopse de O Negociador e do O Advogado - não se ainda terei saco para os meios enrolados que ele coloca no livro.

Mas tenho certeza de uma coisa, para você dizer que não gosta de um autor, ou da sua narrativa, é preciso ler alguns livros dele para poder criticar e dizer: "Não gosto e ponto".
E com o Grisham não posso dizer isso, ainda. Ler dois livros não me faz expert na narrativa do autor, apesar de ter odiado as mesmas coisas nos dois livros, e para que pudesse colocar uma opinião devida, teria que dar mais uma terceira, quarta e até quinta chance para ele.
Só que no momento, vou para os livros que estão me esperando e deixa o Grisham para os que já são fãs do autor. 
Ele ainda não me conquistou.

Fabíola! Lembrei de você em diversas partes do livro, já que eles trabalham com a questão ambiental, e eu sei que você gosta muito disso. Acho que você gostaria desse livro, mesmo com as enrolações.
Fica a dica!

Beijos,

Taty